Boris Kossoy é historiador da fotografia, professor, fotógrafo, museólogo e arquiteto. Graduou-se em Arquitetura pela Universidade Mackenzie (1965), fez mestrado e doutorado em Ciências pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1977-79). Foi professor da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e, a partir de 1988, passou a atuar na Universidade de São Paulo (USP), onde prestou concurso, em 2000, para livre-docência e, em 2002, para o cargo de professor titular. Atualmente dedica-se à docência e à pesquisa como professor de programas de pós-graduação da Escola de Comunicações e Artes da USP, além de seguir com seu trabalho como fotógrafo. Obras fotográficas de sua autoria encontram-se nas coleções permanentes do Museum of Modern Art (Nova Iorque), George Eastman House (Rochester), Smithsonian Institution (Washington), Bibliothèque Nationale de Paris, Museu de Arte de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea da USP, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Centro de la Imagen (México), entre outras instituições.
Kossoy é autor de Viagem pelo fantástico; Hercule Florence, a descoberta isolada da fotografia no Brasil (com edições em espanhol, alemão, francês e inglês); Origens e expansão da fotografia no Brasil: século XIX; Album de photographias do estado de São Paulo 1892: estudo crítico; São Paulo, 1900; Dicionário histórico-fotográfico brasileiro; Fotografia e história; Realidades e ficções na trama fotográfica; Os tempos da fotografia: o efêmero e o perpétuo; Um olhar sobre o Brasil: a fotografia na construção da imagem da nação (coordenador); Lo efímero y lo perpetuo en la imagen fotográfica. É também coautor, com Maria Luiza Tucci Carneiro, de O olhar europeu: o negro na iconografia brasileira do século XIX e A imprensa confiscada pelo Deops-SP (1924-1954), entre outros livros.
Nessa entrevista, Boris Kossoy nos apresenta suas motivações pessoais e o ambiente cultural em que desenvolveu suas pesquisas e reflexões sobre as imagens, em especial, as fotográficas; discute as relações entre o seu trabalho como fotógrafo e sua atuação como pesquisador e contextualiza o momento em que a fotografia ganhou reconhecimento e espaço nas políticas públicas, com destaque para a conservação e preservação das coleções fotográficas.